26.4.09

TÉCNICAS DE SEDUÇÃO IV

E quando eu achava que dava por terminada a minha colecção de tiradas de aproximação do sexo oposto eis que acrescento mais uma e pelos vistos não deverá ser a única nos tempos que correm. O pessoal está em recessão, mas não há nada como arriscar.
Depois de 5,5 hrs exaustivas de pulos e bailarico (aqui a noite começa às 8.30) eis que finalmente resolvo descansar. Encostei-me ao canto da mesa do DJ para recuperar o fôlego quando um rockabilly se aproxima de mim.
- Are you scratching your back?
Julgo que fiquei absolutamente embasbacada com a genialidade de tamanho comentário e dado que instintivamente saí do meu canto, eis que ele acrescenta e dirige-se para a esquina da mesa.
- Well, let me give it a try!!!

Posto isto, começo a achar, ponto 1, que eu realmente sou o problema por atrair certo tipo de indivíduos, ponto 2, já somos 2 a questionar os sítios que frequento, ponto 3, se não fossem estas histórias este blog não tinha mesmo graça...

24.4.09

TÉCNICAS DE SEDUÇÃO III

Dado o silêncio dos leitores masculinos portugueses e como quem cala consente, acho que se confirma tamanha conspiração contra o mulherio português.
Lanço agora outro desafio PRAINHA, e tendo em conta que não sou uma portuguesa convencional, gostaria que me propusessem uma outra nacionalidade relativamente credivel para tornar o meu self-marketing mais emocionante?

22.4.09

TÉCNICAS DE SEDUÇÃO II

Mas aproveitando a deixa do post anterior ficou a dúvida...
Nunca somos suficientemente exóticas, nunca somos suficientemente louras, nunca somos suficientemente altas e agora ainda por cima somos consideradas aborridas por nuestros hermanos? Os leitores machos que se cheguem à frente e expliquem-me o complot masculino contra as mulheres portuguesas?

21.4.09

TÉCNICAS DE SEDUÇÃO

Resolvi sair com um grupo de amigos para dar um giro na noite londrina. Depois de horas de espera em filas acabámos finalmente por entrar. A música estava gira, eu estava bem disposta e saltava e pulava, basicamente dançava no meu estilo inconfundível, enfim, uma noite típica de dança.
Eis quando se alguém se aproxima de mim. Um autêntico toureiro: um olhar matador, o cabelo puxado para trás, uma pêra... só faltava acenar o pano vermelho para eu atacar...

Nisto sussurra qualquer coisa... Eu completamente surda, e verdade seja dita, com tanto salto que dava, a última coisa que me apetecia era conversar, fi-lo repetir 3 vezes o que me dizia, até que num momento silencioso da música ouve-se um bem alto: - I want to know you!

Sorri de volta (só me faltava mais esta). Quer dizer o tipo vem-me interromper a melhor música da noite, eu vim aqui para dançar e não ser incomodada, mas pronto dado o esforço, resolvi dar-lhe pelo menos uma chance de se explicar e, perguntei-lhe o nome. - Antonio!

Sorri mais uma vez, claro que tinha de ser Tóni (perdoem-me os Antónios, não quero cá ferir susceptibilidades). - Antonio? Let me guess, that is a spanish name! Ao que ele responde: - Damn it, Antonio Banderas!

Não pude deixar de soltar uma gargalhada. Ele por sua vez achou que tinha domado o touro. E eu achei que ele estava a ser sarcástico, só podia, mais sotaque espanhol que aquilo não havia, mais ar de espanhol, só vestido de toureiro, ao menos que fosse um espanhol com sentido de humor.

Nisto perguntou-me o nome. Claro que sem referência de nacionalidade do meu nome, perguntou-me donde era. Ao que respondi: - Portugal!

- Portugal? Nah,... Portuguese girls are boring... (Juro que aqui fiquei sem palavras, desta não estava à espera...) But you... very funny girl! Coçou o bigode e acrescentou no tom espanhol mais sedutor que possam imaginar: - You seem like a girl that likes to have fun!

Posto isto, ainda dizem que eu sou o problema?

20.4.09

MAIS LIMPEZAS...

A propósito de limpezas não poderia deixar passar a seguinte história que ouvi duma amiga.
Susan casou-se e foi viver para os Estados Unidos com o marido, dado que este era americano. Uma cidade nova, uma casa nova, sem amigos e sem conhecer muita gente, Susan passava muito tempo em casa. Ora um dia completamente entediada põe-se a fazer arrumações no armário e descobriu o vestido de noiva. Resolve experimenta-lo de novo.
Pega na esfregona tipo microfone, música aos altos berros e completamente embrenhada nos seus minutos de fama é interrompida pelo marido... e um amigo... Para ser simpático, nesse preciso dia, o marido tinha resolvido convidar um colega para ir lá a casa jantar... Escusado será dizer que o casamento não durou muito tempo e Susan regressou a Londres, razão: - He never got over the fact that I was cleaning the floor with my wedding dress and he had to explain and convince the friend his wife was normal!

19.4.09

AINDA A PROPÓSITO DE LIMPEZAS DE PRIMAVERA...

De vez em quando parece que o Universo conspira contra nós... o meu horóscopo desta semana. Parece que é mesmo tempo de limpeza...

"It's time to hit the delete button, Aquarius, since your life is cluttered with e-mails, photos you haven't viewed in years, and correspondence from when you were in grade school. On Wednesday Mercury squares Jupiter in Aquarius in your sector of self and you'll realize you're inundated with stuff, stuff, and more stuff. Early this week you make cleaning up and sorting through your debris your main priority."

16.4.09

PARA ONDE VAMOS E DONDE VIMOS?

“Como sabes, ou não, até me considero uma pessoa organizada mentalmente! (risos) Mantenho os meus ficheiros em ordem, dou nomes a tudo, adoro etiquetas e, na faculdade, começava os trabalhos pelas capas! (doce proscratinação).Mas há departamentos que nunca foram o meu forte... o guarda-roupa é um deles. Não o entendo... não sei como é que as pessoas se vão reinventado com os trapinhos novos sem precisar de um monte alentejano como armário. Escapa-me!Recentemente mudei de casa onde vivia há apenas 2 anos para outra com mais área, mais armários, mais quartos, mais! Resultado: para duas pessoas 60 caixas de mudança (60x40x40)Por outro lado, uma amiga daqui também mudou mas para uma casa mais pequena, menos quartos e menos armários... no total 6 caixas. Explica-me! (não... não anda sempre com a mesma roupa nem com os mesmos sapatos).Desculpa o comentário um pouco off topic mas com tanto saldo à porta e tu vivendo em londres (onde sabemos que o espaço não abunda) esclarece-me esta dúvida tão existencial como de onde vimos ou para onde vamos e conta-me como te "reciclas"!”

Comentário muito pertinente duma leitora preocupada com os ‘importantes’ dilemas da vida, a quem dedico este post. Também eu me questiono de onde venho, para onde vou e como me reciclo. Aliás já não é a primeira pessoa a fazer tais perguntas. E desconfio que também não seremos as únicas mulheres com dilemas no que diz respeito ao guarda-roupa.


Às vezes penso que se me tivessem de atribuir um animal seria um caracol. Não pela lentidão, muito pelo contrário, seria um caracol com patins, mas pelo facto de que trago sempre a casa às costas, aliás para quem já me viu viajar sabe do que falo. No entanto acrescento que nunca pedi a ninguém para me ajudar e se alguém o fez foi por compaixão e piedade do meu porte franzino perante tamanha concha. A diferença entre mim e o caracol é que este cabe dentro da concha, ao passo que eu só carrego o recheio.

Mas voltando à questão, olho para o meu armário e movéis e caixas e pergunto-me como consegui juntar tanta coisa ao fim de 5 anos em Londres. É verdade, ao fim de 2 já me perguntavam como é que era possivel tanta ‘juntação’, imagina agora. Desfaço-me em desculpas mas chego à conclusão que faz parte da natureza feminina: o homem caçava, a mulher juntava e guardava. E isso minha amiga, são milhares e milhares de anos que temos de contrariar. Infelizmente não me parece que eu seja assim tão evoluída, e aliás no que diz respeito a isto sou uma verdadeira filha de Eva, quase do tempo dos dinossauros.

Depois há outra vertente feminina: a questão sentimental. Apego-me às coisas. É verdade que sou nómada portanto sem ganhar raízes em lado nenhum tenho de me enraizar nalgum sítio e isso reflecte-se na quantidade de caixas e caixinhas que tenho. O primeiro bilhete de cinema do ano, a mensagem enviada, o bilhete do Lago dos cisnes versão Tchaikovsky, o Lago versão Matthew Bourne, com o Bolshoi, ou com o Royal Ballet na Opera House. Enfim, isto já para não falar das camisolas favoritas que já passaram a roupa de dança e que não há meio de me desfazer delas, principalmente pelo que já foi vivido e o que representam. Aliás anuncio que ainda guardo as minhas primeiras Levi’s. Depois de tanta luta para as conseguir comprar, ainda hoje tenho um apego enorme por elas, apesar de sempre terem sido 2 números acima.

Depois há outro factor que é cultural. Português tem tendência para as saudades e com isto advém memórias e tudo o que apela ao sentimento. Está provado que outras etnias e culturas lidam melhor com o dilema do guarda-roupa no que diz respeito a não guardar tralha.

Agora como combino estas variáveis todas e consigo sobreviver em 15m² em Londres é obra de David Copperfield. O meu armário apenas tem 2 anos, portanto antes disso também me questiono como é que sobrevivia sem ele e onde punha as coisas. Também se calhar na altura tinha as coisas mais espalhadas… em casa dos meus pais, portanto (segredo… shhhhhhh… ainda hoje disfruto deste armazém gratuito).

Agora tenho a dizer-te que essa tua amiga pertence a um fenómeno feminino, muito raro de encontrar (ou não), que é simplesmente alguém que consegue pôr coisas fora, dar roupa e desfazer-se de tralha, sem olhar para trás (provavelmente nem é portuguesa). Mais um caso de evolução que virá possivelmente contrariar toda a teoria de Darwin. Cá para mim o nosso seguinte passo é ganhar asas que é para não juntarmos nada. Pássaro faz ninho porém…

No entanto há esperanca, já dei por mim a pôr coisas de lado, já me desfiz inclusivamente de alguma tralha e roupa. Provas de evolução genética, mas pano para muitos milhares de anos. Tento novas estratégias, sem muito resultado confesso, como o guardar durante alguns meses até nova revisão do ‘saco de desmodas’ para encontrar de novo artigos que, vê la tu, estão outra vez na berra… Que moda mais ingrata… a imaginação de hoje em dia já nao é muita como vês…

Agora como me reciclo, isso é fácil porque não tendo mudado muito nos meus últimos 16 anos, implica que ainda use coisas dos meus 14 anos (é verdade)… mas também implique que ande a juntar coisas desde então. Uso também coisas da minha mãe que até têm mais idade que eu… e com a moda que se recicla por si temos o problema resolvido, enfim…

Posto isto só te falta responder para onde vou. Aqui, amiga, também eu fiquei sem palavras. Por mais que dê voltas à cabeça não sei.

Várias hipoteses porém, ou morro afogada entre o meu guarda-roupa tipo Zé das Medalhas, ou aceito que a mudança mais facil é a de casa e de país e mudo para um ‘palácio’ (sou rainha não sou?) ou então tenho de evoluir geneticamente e não olhar para trás.

Aqui entre nós, acho que vou começar à procura de outro país onde a renda do m² consiga superar todas as estações do meu guarda-roupa…

Já agora, alguém tem para oferecer um monte alentejano?

1.4.09

DIA DAS MENTIRAS

Por ocasião do dia das Mentiras tenho a comunicar que dá-se por encerrado o passatempo PRAINHA, sem nenhum vencedor. Para os leitores mais tímidos que não aproveitaram a oportunidade de se pronunciar sobre o veredicto tenho-vos a dizer que acabaram de perder um belo par de chinelos de prai(nh)a, cor e tamanho à escolha.
Isto é com muita pena minha, porque há já uns tempos que não me divertia assim com mentiras de malandrice e antes que me esqueça dedico este post à Billy que me proporcionou estas horas de gozo... Posto isto, não sei muito bem o que vem a seguir, pela tradição parece que teria de propôr o desafio a alguém, mas como não me apetece escolher sintam-se desafiados e façam. É giro.
Eu A-Mei.

1 - Quando era pequena resolvi fugir de casa, quando me encontraram já estava eu a vários quarteirões de casa.

É um clássico, mas não... MENTIRA. Nunca fugi de casa, desconfio que por ser uma pessoa que normalmente faz o que diz, pus-me a pensar na quantidade de bonecada e trapinhos que não poderia deixar ficar e acho que desisti tal era o número de malas e malinhas de tralha. O mesmo já não posso dizer do meu irmão, que nas nossas peleias de cão e gato, terminávamos sermpre em grandes cenas e dramas porque ele resolvia fugir de casa. Eu chorava, implorava, porque claro, isto quem se lixa é sempre o mais velho, até ao dia em que me fartei. Veio a ameaça e eu prontifiquei-me a fazer as malas dele e a tomar conta do quarto dele com a minha bonecada... Nunca mais...


2 - Já tive muitas profissões profissões umas mais permanentes que outras, isto já para não falar das actividades voluntárias, mas o meu primeiro ordenado foi-me dado como modelo.

VERDADE. Para que se esclareça não me referia à modelo para uma marca de salsichas, em que num fechar de olhos de menina de provas virei porco mascote. Provavelmente das experiências mais traumatizantes da minha vida, em que na hora e meia de almoço duma feira alimentar na FIL, passeei-me dentro dum fato de porco. Só me lembro que a esponja da cabeça me coçava o pescoço e eu sentia-me em plena sauna. Escusado será dizer que toda a gente tirou fotos com o porco aqui e, desconfio que ainda hoje figure dos catálogos da empresa.

Mas voltando à história, também não foi um modelo qualquer, se já estão a imaginar-me em plena passarela, aqui a altura e julgo que tudo o resto só em passarela de criança mesmo e mesmo assim... Como não sou muito convencional mesmo, confesso-vos que já fui musa inspiradora dum escultor. Lembro-me perfeitamente que os meus pais foram conhecer o senhor, não fosse o diabo tecê-las e durante 2 ou 3 sessões posei como bailarina para uma série de 'dancers' encomendadas por uma galeria de arte parisiense. Nunca vi as esculturas de bronze infelizmente, uma vez que me estava uma prometida, mas o senhor estava de mudanças de regresso a Paris, onde vivia com a família num barco no Sena.


3 - Já pilotei um avião.

VERDADE. Desconfio que numa outra vida terei sido pássaro porque o fascínio que eu tenho com o mundo dos aviões e a quantidade de brincos de penas que tenho só pode ser justificado com isto. Mas, voltando à história, em Barcelona juntam-se as personagens mais incríveis portanto não é de espantar que do meu círculo de amigos houvesse um japonês que coleccionava e consertava carros de colecção e porventura nos tempos livres tirava o brevet.

Por ocasião do seu aniversário, entrada na trigésima ou quadragésima década presumo eu, resolveu comemorá-lo com um almoço na costa brava, em pleno Cap de Creus, isto é, a 2 hrs de Barcelona. Eu já me tinha contentado com o mini com a bandeira do Reino Unido no capot, mesmo carro com o qual o Mr. Bean calcorreou as ruas de BCN aquando do lançamento do seu filme, mas para Kentaro, isto seria oportunidade para mais umas horas de vôo. Quando dou por mim estava a caminho do bendito almoço numa avioneta a sobrevoar a costa brava. Entre a descolagem e a aterragem, entre 3 que o acompanhávamos levámos o aviãozinho. A sensação é indescritível e ainda hoje sonho em voltar a repetir a proeza...



4 - Na Bélgica confundiram-me com uma estrela de televisão. Conclusão, conseguimos entrar todos na discoteca com o meu passe VIP.

MENTIRA. Não que fizesse muita questão em entrar numa discoteca belga, mas nunca me confundiram com nenhuma celebridade para bem ou mal dos meus pecados. Aliás tenho a acrescentar que talvez a única vez que estive mais próximo desse momento foi quando me perguntaram se eu era filha do António Feio. Limitei-me a esboçar um sorriso amarelo e responder: - O que é que queres dizer com isso?


5 - Na cidade da maçã, senti-me como se estivesse num filme, e como não poderia deixar de ser fui convidada para fazer parte dum teledisco.

VERDADE. Estava eu em pleno MEAT PACK district em Nova Iorque num dos muitos roteiros arquitectónicos. Máquina fotográfica a tiracolo, a minha grande angular para tirar A fotografia ao edifício dum conceituado starchitect, quando um tipo com ar de segurança se aproxima de mim. Eu no meu entusiasmo realmente nem tinha dado conta do aparato de produção e da limousine com vidros fumados junto à entrada do edifício. Ele olhou para mim, eu ainda tentei esconder a máquina, mas jã não fui a tempo...
- So, are you a papparazi? Perguntou-me ele... No, no, just an architect. I'm taking pictures to the building, that's it, but I'm leaving. Sorry for that. - apressei-me eu.
Ele esboçou um sorriso e acrescentou: - It's ok. I was just asking because we are doing a music video and seeing you taking pictures made us realise that maybe we should have some paparazzi. The concept is about this famous person that comes out of the building and enters the car. So would you be interested in being the papparazzi? Juro-vos que neste momento achei que ele estava a gozar comigo, mas tive de recusar pois já era o meu último dia de NY e eu ainda tinha o resto do roteiro para fazer. Além disso, o couple of hours, dado o estado calmo do set, pareceu-me que seriam dias, portanto nem uma coisa nem outra... Confesso que já não me lembro o nome do artista, mas ninguém assim muito famoso presumo eu, acho que um rapper ou hip hop. Hoje se calhar arrependo-me, pois isto não é todos os dias que turista em NY tem direito a fazer parte do cenário, mas pelo menos já deu para um post no meu blog...


6 - Ainda por estrelas de cinema, esbarrei no Orlando Bloom e cumprimentei-o achando que era um antigo colega de faculdade.

VERDADE. Confesso que estes últimos anos tenho notado que tenho uma certa tendência para esbarrar em figuras públicas, não sei se é porque ando mais distraída, se sou transparente. Ainda no outro dia em Paris quase tropecei na Bárbara Guimarães e embaixador e podia continuar a minha lista numa vertente internacional que já abrangeu desde o Mr. Big a correr em Central Park, a Gwen Stefani em Londres aos irmãos Fiennes no cinema, entre outros. No entanto tenho-vos a dizer que o meu encontro favorito foi sem dúvida o Orlando Bloom. Estava eu em Heathrow num dos meus muitos regressos de emigrante à pátria quando para passar tempo resolvo ir ver duma revista. Não que fosse propriamente cedo mas o aeroporto estava estranhamente tranquilo. Dirigi-me à secção das revistas, quando de repente um rapaz à minha frente dá meia volta e esbarra comigo. Os nossos olhos cruzam-se, ele estava ao telemóvel portanto esboça assim um sorriso meio tímido como que a pedir desculpa. Eu retribuo o sorriso de volta, na verdade a cara era-me muito familiar e comecei a rever na mente de onde o conhecia. Provavelmente da faculdade pois na altura também não saía muito do campus, portanto definitivamente da faculdade, até o estava a ver na sala de computadores, o rapaz giro que se costuma sentar no canto. Sai-me um: Oh, hi! How are you? e continuo para ir buscar a VOGUE. Nisto o meu pequeno cérebro sinapsa e faz-se luz. Portanto de colega de faculdade passei a stalker, escondi-me atrás da VOGUE e tal e qual cena de comédia andei a seguir o moço na loja inteira... até à namorada da altura... a petite Kate Bosworth, que mesmo com saltos dava-me pelo ombro...

7 - Para quem se lembra dos tempos do Mundial, fui apanhada na discoteca como menor de idade e tive de convencer as autoridades a não chamar os meus pais.

MENTIRA. Ora aí está uma mentira que todos acertaram, talvez que porque todos conheceram o Mundial e sabem que isto seria quase impossível. O Mundial era uma instituição, realmente muito estranha, isto olhando para trás principalmente para o tipo de crowd: prostitutas, mafiosos, alguns perdidos e um bando de adolescentes de liceu. No entanto tenho-vos a dizer que me lembro duma ou outra vez que tive de sair pela porta dos fundos porque vinha aí rusga da polícia. Lembro-me também de estar a cirandar no lobby do hotel, à espera que a polícia fosse embora para voltar de novo para a pista de dança. Ah, e lembro-me também de sair às 2 da manhã, ir a casa perguntar à minha máe se podia ficar mais 1 hr na discoteca. A minha mãe no seu quinto sono dizer-me que sim e depois de não se lembrar de nada no dia seguinte.... Mas tu deixaste, mãe, mas 'tás a ver estou aqui portanto não houve problema... Enfim, outros tempos...

8 - Já fui a uma despedida de solteiro com direito a clube de strip e tudo.

VERDADE. 'O 8 é demasiado comum para ser uma verdadeira história de prainha!' diria o Manel, pois é, mas comum ou não, é uma verdadeira história de prainha.
Em Londres, depois de 5 meses bem sofridos Marcel resolve pedir Cris em casamento, tudo normal até aqui não fosse a noiva estar no Rio de Janeiro. Uma verdadeira novela brasileira, preparativos à porta, uma viagem, uma mudança de vida, e sem tempo para organizar despedida de solteiro. Já quase de partida, lá desabafou que também queria despedida de solteiro mas tinha de ser daquela mesmo de solteiro, só com macho, ir ver o 'estripe', muita bunda, mulhê pelada.
Mas Marcel na altura não tinha muito amigo homem, portanto só macho seria difícil. Cabecinha pensadora voltou e propôs: - Eh, mas mulhê também pode i. Vâmo, vai todo o mundo. E todo o mundo foi: 3 macho e meia dúzia de mulhê. Quase não nos deixavam entrar no strip club, dada a estranheza da situação. Desfez-se o mito e a curiosidade feminina e no fim até table dance oferecemos ao noivo. Escusado será dizer que foi mulhê que escolheu...
Um dos machos: - Eu já tinha vindo a este tipo de clube só com homem, mas assim isto é uma experiência diferente. Agora olho para a mulher e já vejo celulite, bunda mole, peito descaído...


9 - Já desmaiei no cinema, a comer e em pleno centro de saúde. Duma das vezes quase parti os dentes da frente.

VERDADE. Quem é leitor assíduo deste blog, já ouviu falar destas histórias. A história dos dentes foi realmente no centro de saúde. Em Macau, senti-me doente e resolvi ir ao médico. Quando cheguei ao centro de saúde, esperei, esperei mas todo o bendito chinoca me passava à frente. Até que me chegou a mostarda ao nariz e resolvi pôr-me na porta do consultório a bloquear a entrada aos invasores. A partir daí foi um ver de estrelas. Quando acordei tinha a enfermeira a ver-me os dentes para verificar que não os tinha partido, dado que o meu embate foi de chapa... O que é certo é que garanti o meu atendimento...

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