24.7.10

AINDA SOBRE MACAU...

Tu? És a Prainha, não és? Congelei... procurava infindavelmente no meu ´arquivador de memórias´de quem era aquela cara... Sim, respondi, meia desconfiada... Ele continuou: - Macau?
Sim, mais uma vez ele acertava, e mais uma vez ele fazia perfeita ideia de quem eu era, mas e eu? Que não conseguia descodificar aquela cara. Ai, sim? Macau?
- Prainha, somos inclusivamente da mesma geração... Eu, começava a transpirar das mãos...
- Eu sou o David. Lembras-te dele? Deodato? Bem, aqui fez-se luz, como poderia esquecer? Claro, teatro... Agora sim... Despediu-se...
Mais tarde em conversa com o David desculpando a minha falta de memória falámos sobre o fenómeno que é agora iniciarmos conversa com gente que outrora não tínhamos nada para dizer, só porque sabemos que partilhamos essa experiência Macau...
- Mas Prainha, continuou... Se calhar não tínhamos nada para dizer, mas agora... Tu sabes como é, também estiveste lá, sabes o que se sente quando se lá volta, até pode não nos dizer nada agora, mas o nosso coração bate mais forte. Foram os melhores anos da minha vida e por mais que eu tento explicar ou transmitir a alguém que nunca lá foi, é difícil...
Sim, sem dúvida sabia como era e provavelmente como eu muitos outros que passámos por aquele pedaço de terra perdida no sul da China... - Mas tu, estiveste lá, sabes do que falo... Estas palavras por razões alheias ficaram-me na memória... Sim, estive lá e sim, sabia do que falava... Há coisas que não se explicam e Macau é uma delas...

1 Comments:

Blogger Billy said...

Que fixe! Adoro reatar pontas perdidas.

23:29  

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