HÁ DIAS ASSIM...
Há dias assim... que acordamos e o sol está radioso e o céu de um azul que faz doer os olhos. Entusiasmo-me, ponho o meu vestido, os meus botins, casaco e saio no maior estilo londrino, para depois perceber que as previsões meteorológicas estavam certas quando falavam de máximas de 5º. Caminho para a paragem de autocarro, porque andar com este frio é suicídio e depois duma considerável espera, sinto que mais uns 5 minutos e congelava...
Há dias assim... em que tudo corre fluidamente até ao momento em que vamos para uma breve reunião que se torna numa sessão exaustiva de 2,5 horas e por mais que o colega seja giro e que queira mostrar os dotes comunicativos e intelectuais num assunto que não me diz respeito - urinóis e WCs, começo a divagar: "Ora bem, qual é o programa das festas da semana? Para amanhã, uma festa de aniversário em Lisboa, outra no Porto, 4 festas para o próximo fim-de-semana, milhares de festas de Natal às quais perdi a conta... Lista de compras: leite, pão, massa, etc... E a que horas é que tinha de estar em tal sítio? Apanho o autocarro, metro, comboio, depois autocarro de novo..., portanto tenho de sair às..." So, P., sorry for that, I know you are the only lady here and we were a little carried away. Apenas sorrio, será que perceberam que o meu corpo estava aqui mas mentalmente estava noutro sítio, sorri P., sorri, always works.
Há dias assim... em que vamos a um concerto que já estava marcado há um mês, entretanto desmarco uma série de programas sociais (you are a very busy woman, como já ouvi sarcasticamente esta semana) e quem faz a abertura do concerto revela-se alguém que acabou de sair do Woodstock de há mais de 20 anos atrás. Xiii, essa não deve fumar outra coisa que não maconha, comenta D. Eu diria mesmo ácidos, diz P. Depois dum intervalo - confesso que aceitei o convite para o evento social organizado pela galera brazuca, para não ficar de fora - percebo que nem sabia ao que ia e espero que a promessa de melhores actos se concretizem. O milagre surge impersonificado num Stevie Wonders 20 anos mais novo: Raul Midon. Cego de infância também, Raul faz 'música completa' apenas com uma guitarra. Náo dá para explicar, 'googlem no youtube' e perceberão do que falo.
Há dias assim... em que organizar a brasileirada para se decidir a jantar leva 40 minutos, para acabarmos num diner americano aberto 24 horas, mas com ambiente paquistanês e MTV em barulho de fundo... Uma lista infindáveis de batidos desde a peanut butter a OREO cookies, entre batatas fritas e hamburgueres, perdi a vontade de comer. Engulo o 'jantar' a algum custo e as badaladas de Cinderela arrastam a galera em direcção à estação para apanhar o último metrô. A Cinderela aqui resolve ir de ônibus.
Há dias assim... em que esperar um autocarro é como esperar a abóbora com o Príncipe Encantado. A Cinderela desiste e apanha a cabaça, aproxima-se do destino final, mas perde a ligação e quando dá por ela está a ir para casa a pé a horas tardias, pois está farta de contos de fadas e com sapato ou sem sapato, àquela hora já estaria em casa. Nem o cemitério da igreja a afasta de tal determinação porque com -2º até fantasma nem quer saber sair de casa e vampiro congelou.
Há dias assim... em que depois duma longa jornada,a garganta a doer, os dedos sem manifestação de vida, a Cinderela cai em si e percebe que não deixou de ser a empregada doméstica. Uma pilha de loiça da semana na bacia e um nervoso miudinho que me invade.
Há dias assim... em que mais vale dormir para esquecer o pesadelo do dia seguinte...
Há dias assim... em que tudo corre fluidamente até ao momento em que vamos para uma breve reunião que se torna numa sessão exaustiva de 2,5 horas e por mais que o colega seja giro e que queira mostrar os dotes comunicativos e intelectuais num assunto que não me diz respeito - urinóis e WCs, começo a divagar: "Ora bem, qual é o programa das festas da semana? Para amanhã, uma festa de aniversário em Lisboa, outra no Porto, 4 festas para o próximo fim-de-semana, milhares de festas de Natal às quais perdi a conta... Lista de compras: leite, pão, massa, etc... E a que horas é que tinha de estar em tal sítio? Apanho o autocarro, metro, comboio, depois autocarro de novo..., portanto tenho de sair às..." So, P., sorry for that, I know you are the only lady here and we were a little carried away. Apenas sorrio, será que perceberam que o meu corpo estava aqui mas mentalmente estava noutro sítio, sorri P., sorri, always works.
Há dias assim... em que vamos a um concerto que já estava marcado há um mês, entretanto desmarco uma série de programas sociais (you are a very busy woman, como já ouvi sarcasticamente esta semana) e quem faz a abertura do concerto revela-se alguém que acabou de sair do Woodstock de há mais de 20 anos atrás. Xiii, essa não deve fumar outra coisa que não maconha, comenta D. Eu diria mesmo ácidos, diz P. Depois dum intervalo - confesso que aceitei o convite para o evento social organizado pela galera brazuca, para não ficar de fora - percebo que nem sabia ao que ia e espero que a promessa de melhores actos se concretizem. O milagre surge impersonificado num Stevie Wonders 20 anos mais novo: Raul Midon. Cego de infância também, Raul faz 'música completa' apenas com uma guitarra. Náo dá para explicar, 'googlem no youtube' e perceberão do que falo.
Há dias assim... em que organizar a brasileirada para se decidir a jantar leva 40 minutos, para acabarmos num diner americano aberto 24 horas, mas com ambiente paquistanês e MTV em barulho de fundo... Uma lista infindáveis de batidos desde a peanut butter a OREO cookies, entre batatas fritas e hamburgueres, perdi a vontade de comer. Engulo o 'jantar' a algum custo e as badaladas de Cinderela arrastam a galera em direcção à estação para apanhar o último metrô. A Cinderela aqui resolve ir de ônibus.
Há dias assim... em que esperar um autocarro é como esperar a abóbora com o Príncipe Encantado. A Cinderela desiste e apanha a cabaça, aproxima-se do destino final, mas perde a ligação e quando dá por ela está a ir para casa a pé a horas tardias, pois está farta de contos de fadas e com sapato ou sem sapato, àquela hora já estaria em casa. Nem o cemitério da igreja a afasta de tal determinação porque com -2º até fantasma nem quer saber sair de casa e vampiro congelou.
Há dias assim... em que depois duma longa jornada,a garganta a doer, os dedos sem manifestação de vida, a Cinderela cai em si e percebe que não deixou de ser a empregada doméstica. Uma pilha de loiça da semana na bacia e um nervoso miudinho que me invade.
Há dias assim... em que mais vale dormir para esquecer o pesadelo do dia seguinte...
1 Comments:
Há dias assim,.. também deste lado... e há dias assim, em que é bom encontrar a amiga mesmo que apenas através de um post de blogue... beijinhos muito grandes
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