FMS
Fui diagnosticada com outra doença. Já não bastava a gripe comecei a desenvolver sintomas tais como cansaço e exaustão físicos, impaciência, a sensação de ausência, ansiedade, angústia. É uma doença que ataca lentamente e está a proliferar principalmente em grandes cidades. Agrava com o clima e com a falta de luz natural. Estimam-se milhões de pessoas com a mesma doença. Não é contagiosa, pelo menos é o que dizem mas aqui entre nós é psicologicamente transmissível se é que isso existe. Ou seja, quando nos deparamos com alguém com a doença, sem nos apercebermos começamos a questionar-nos, vamos na vaga e tornamo-nos por osmose alguém que sofre do mesmo.
Torna-nos ávidos de eventos, de acontecimentos, de momentos. Vivemos angustiados pelo desperdício de oportunidades e 'morremos' de ansiedade causada pela perda de tempo.
Aprendemos a coordenar a nossa agenda entre os imprevistos dos transportes duma grande cidade e os eventos espalhados pela metrópole mais os amigos, conhecidos, colegas e representações sociais a que esta época do ano nos obriga. E superados os primeiros sintomas de pânico, habituamo-nos...
E quando tudo pede um pouco mais de calma (Lenine tem razão) e o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára. E o corpo continua a pedir e nós ignoramos, porque "I'm still young and flexible" e o mote " se não fôr agora que faço, é nunca" também é familiar.
Esta altura do ano principalmente é uma época em que a doença atinge um estado clinico dramático pois cada dia é vivido até à exaustão, já não bastava uma festa de Natal por dia quando não mais do que uma, mil e uma entregas para esta altura e uma viagem completamente inesperada a Lyon, ainda há compras de Natal para fazer. Depois há os amigos de quem temos de nos despedir porque vão de ferias, depois há os que vieram de férias e os que vão de vez. E depois somos nós que choramos por férias, por uma pausa, por tranquilidade e o nosso corpo ressente-se e deixa-nos de cama como quem diz: - Tenho dito! Eu bem te avisei!!!
A doença tem nome e é mais conhecida por FMS ou de nome científico - FEAR OF MISSING SOMETHING.
Se tiverem os sintomas acima descritos aconselho a respirar fundo, comprar uma agenda e ir de férias... para a lua.
Torna-nos ávidos de eventos, de acontecimentos, de momentos. Vivemos angustiados pelo desperdício de oportunidades e 'morremos' de ansiedade causada pela perda de tempo.
Aprendemos a coordenar a nossa agenda entre os imprevistos dos transportes duma grande cidade e os eventos espalhados pela metrópole mais os amigos, conhecidos, colegas e representações sociais a que esta época do ano nos obriga. E superados os primeiros sintomas de pânico, habituamo-nos...
E quando tudo pede um pouco mais de calma (Lenine tem razão) e o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára. E o corpo continua a pedir e nós ignoramos, porque "I'm still young and flexible" e o mote " se não fôr agora que faço, é nunca" também é familiar.
Esta altura do ano principalmente é uma época em que a doença atinge um estado clinico dramático pois cada dia é vivido até à exaustão, já não bastava uma festa de Natal por dia quando não mais do que uma, mil e uma entregas para esta altura e uma viagem completamente inesperada a Lyon, ainda há compras de Natal para fazer. Depois há os amigos de quem temos de nos despedir porque vão de ferias, depois há os que vieram de férias e os que vão de vez. E depois somos nós que choramos por férias, por uma pausa, por tranquilidade e o nosso corpo ressente-se e deixa-nos de cama como quem diz: - Tenho dito! Eu bem te avisei!!!
A doença tem nome e é mais conhecida por FMS ou de nome científico - FEAR OF MISSING SOMETHING.
Se tiverem os sintomas acima descritos aconselho a respirar fundo, comprar uma agenda e ir de férias... para a lua.
1 Comments:
Nem sabes como te compreendo... mas nem o vislumbrar de férias tem dado alento nos últimos tempos.
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