11.4.07

011 THE ISLAND


6 da manhã... Acordei com China a bater-nos à porta a comunicarmo-nos A situação.
Meia estremunhada, tive de lhe pedir várias vezes para repetir o que me dizia para me enteirar de todo que estávamos presas na ilha. O barco que nos levaria de volta a terra estava cancelado devido ao mau tempo no mar, e ao que parecia manter-se-ia assim por mais 2 dias.
O sol recusou-se a espreitar e a perspectiva de ficar num bungalow juntamente com os geckos e sem poder usufruir de banhos em água turquesa pareceu-nos um final menos feliz para esta viagem.
O recepcionista do hotel ao ver o nosso ar desesperado ofereceu-se para arranjar bilhetes de avião através dum amigo dum amigo, isto claro, a troco dumas quantas notas. Claro que aceitámos apesar do regateio do preço, e quando démos por nós estávamos a entregar passaportes e uma mão cheia de dólares e a correr fazer as malas.
20 minutos depois e os nossos passaportes felizmente regressavam. China e Pequim partiriam no vôo das 10 da manhã e Saigão e Vietname no das 12. Não percebemos o porquê desta organização aleatória dos bilhetes, mas nesta altura o que interessava era chegar a terra.
De malas às costas mais as milhares de saquetas nas mãos, lá me consegui equilibrar na 'garupa' da mota. O meu corpo, ainda dorido da viagem do dia anterior, contraiu-se todo tentando agarrar-se a qualquer peça estável da mota. As quatro motas dispersaram-se rumo ao aeroporto, deixando rastos de poeira vermelha. Senti-me tal e qual em raly de todo-o-terreno.
Eu e China fomos praticamente as primeiras a fazer check-in e o nosso 'mafioso' sugeriu que Vietname e Saigão se pusessem na fila de stand-by para o mesmo vôo. As horas foram passando e a hora de embarque chegou. Era definitivo, as outras duas iriam mais tarde, mas estava tudo combinado. Chegávamos a Saigão e esperaríamos por elas para apanharmos o vôo directo para Ha Noi, no norte. Até ganhávamos um dia de viagem e ainda poderíamos fazer mais um dia em Halong Bay, afinal de contas há sempre males que vêm por bem.
Estava eu e China a prepararmo-nos para almoçar e matar tempo quando Vietname liga (felizmente lembrámo-nos de dividir os telemóveis, bilhetes, guias turísticos e tudo o resto). O almoço ficou atravessado mas passado o choque inicial, lá acordámos que dado que tinham ficado em terra, tentariam no dia seguinte um dos 4 vôos disponíveis, mais uma vez através do irmão do amigo do amigo do 'mafioso' que era piloto e que tinha direito a 2 bilhetes. Ao que parece o vôo onde era suposto irem estava cheio e sendo o último vôo do dia, só lhes restava esperar pelo do dia seguinte.
Conformadas eu e China continuámos viagem para Ha Noi, ficaríamos no hotel de escolha do autor do guia LONELY PLANET e esperaríamos por elas para darmos início à exploração do norte.
Como já tinha dito a vantagem de ir numa viagem de 4 pessoas é que as aventuras multiplicam-se... A desvantagem é que infelizmente não posso dar a outra versão da história de uma forma precisa.
Aterrámos em Ha Noi mas infelizmente no meu guia não era bem clara a escolha do autor. Portanto depois dum breve estudo dos hotéis, negoceámos o preço fixo do táxi e rumámos as duas a aventura. 30 minutos no táxi e comentámos que o nosso guia devia ser um homem popular dado o número de telefonemas que fez e recebeu. Claro que se tornou claro quando de repente chegámos ao nosso destino e dois funcionários dirigiram-se a nós dizendo que estava cheio, mas que no entanto o mesmo hotel tinha outro edifício mais à frente. Quando démos por nós já estavam dentro do táxi e em vietnamita indicavam o caminho. Apanhadas no esquema feitas patas não quisémos dar parte de fracas e logo que chegámos ao destino saltámos do carro, prestes a tomar drásticas medidas em todo o caso. O taxista claro quis-se aproveitar da confusão e já pedia o dobro do preço. Levantei a voz e abri os olhos, paguei o que tinha acordado e só desejei para que pelo menos o quarto fosse aceitável e a cama sem piolhos...

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