EMERGENCY PLAN
- Não sei porquê, mas algo me diz que ainda nos vamos cruzar nesta minha viagem pela Ásia! – disse-me ele.
Não sei porquê mas também eu sentia o mesmo. Claro que não teria o mesmo impacto que a viagem de 9 meses que planeava mas ia acompanhar um viajante durante um bocadinho dessa temporada, entregar-me ao acaso, e simplesmente deixar-me ir. E isso seria o mote da viagem, uma liberdade poucas vezes sentida, e se bem que temporária, como se se tratasse duma pequena amostra do que poderia vir a ser uma grande viagem e eu uma viajante por opção.
Depois de alguns meses a planear e a tentar coordenar uma vida citadina, profissional e pessoal, eis que o timing parecia finalmente ter chegado. Ainda tinha 2 semanas de férias para tirar até ao final de Junho e dei por mim a marcar a viagem para o final de Maio. O destino? Saberia 1 semana antes, mas teria de decidir entre Kuala Lumpur, Singapura e Bangkok como ponto de partida para o que viesse. Por exclusão de partes decidi-me pela Malásia, destino completamente novo para mim. Mais próximo da viagem, iria finalmente saber o local da aventura, mais uma vez jogada ao imprevisível, tal e qual roleta russa.
Faltavam 2 semanas quando recebo o email… Li e reli várias vezes para ter a certeza que tinha compreendido. Por obra do imprevisível mais uma vez, os meus planos tinham sofrido alterações. Contava-me por razões pessoais, que teria de encurtar a viagem e possivelmente quando eu chegasse já não estaria por lá. Desfazia-se em desculpas e pedia-me para lhe ligar…
Passado o choque inicial da eventualidade de ter de cancelar a viagem, convenci-me que iria reconsiderar, não fazia muito sentido, e esperei para que o fuso horário me permitisse telefonar-lhe. No momento em que me atendeu, senti logo que nada que eu dissesse o faria mudar de ideias, estava absolutamente determinado a regressar, voltou a repetir e desculpar-se. Por momentos entrei em estado de choque, foi um ver a vida a andar para trás.
Comecei a rever todas as hipóteses e alternativas possíveis:
- plano A: cancelar e adiar a viagem para outra altura,
- plano B: arranjar uma companhia de última hora
- plano C: simplesmente perder a viagem.
Se hoje vos escrevo sobre a viagem é óbvio que acabei por a fazer. Adianto apenas que nesta lista faltou-me unicamente o plano de emergência: embarcar sozinha.
Perante a possibilidade de perder completamente a viagem, sem direito a reembolso e mais importante as férias e sem poder pôr em práctica A,B e C, aceitei o desafio… entusiasmada, porém, como uma rainha a caminho da guilhotina…
Não sei porquê mas também eu sentia o mesmo. Claro que não teria o mesmo impacto que a viagem de 9 meses que planeava mas ia acompanhar um viajante durante um bocadinho dessa temporada, entregar-me ao acaso, e simplesmente deixar-me ir. E isso seria o mote da viagem, uma liberdade poucas vezes sentida, e se bem que temporária, como se se tratasse duma pequena amostra do que poderia vir a ser uma grande viagem e eu uma viajante por opção.
Depois de alguns meses a planear e a tentar coordenar uma vida citadina, profissional e pessoal, eis que o timing parecia finalmente ter chegado. Ainda tinha 2 semanas de férias para tirar até ao final de Junho e dei por mim a marcar a viagem para o final de Maio. O destino? Saberia 1 semana antes, mas teria de decidir entre Kuala Lumpur, Singapura e Bangkok como ponto de partida para o que viesse. Por exclusão de partes decidi-me pela Malásia, destino completamente novo para mim. Mais próximo da viagem, iria finalmente saber o local da aventura, mais uma vez jogada ao imprevisível, tal e qual roleta russa.
Faltavam 2 semanas quando recebo o email… Li e reli várias vezes para ter a certeza que tinha compreendido. Por obra do imprevisível mais uma vez, os meus planos tinham sofrido alterações. Contava-me por razões pessoais, que teria de encurtar a viagem e possivelmente quando eu chegasse já não estaria por lá. Desfazia-se em desculpas e pedia-me para lhe ligar…
Passado o choque inicial da eventualidade de ter de cancelar a viagem, convenci-me que iria reconsiderar, não fazia muito sentido, e esperei para que o fuso horário me permitisse telefonar-lhe. No momento em que me atendeu, senti logo que nada que eu dissesse o faria mudar de ideias, estava absolutamente determinado a regressar, voltou a repetir e desculpar-se. Por momentos entrei em estado de choque, foi um ver a vida a andar para trás.
Comecei a rever todas as hipóteses e alternativas possíveis:
- plano A: cancelar e adiar a viagem para outra altura,
- plano B: arranjar uma companhia de última hora
- plano C: simplesmente perder a viagem.
Se hoje vos escrevo sobre a viagem é óbvio que acabei por a fazer. Adianto apenas que nesta lista faltou-me unicamente o plano de emergência: embarcar sozinha.
Perante a possibilidade de perder completamente a viagem, sem direito a reembolso e mais importante as férias e sem poder pôr em práctica A,B e C, aceitei o desafio… entusiasmada, porém, como uma rainha a caminho da guilhotina…
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