RUMO AO SUL
Depois da mini-sanduíche retomo a escrita...
Ainda 20 de Abril... já quase no fim do mundo
Por onde começar: são 7h30 da noite, 11h 30, hora de Greenwich de Domingo, 20 de Abril. A minha viagem começou às 4h 30 da manhã do dia 19 de Abril e desde então ainda não tive uma noite de descanso absoluto.
Londres foi deixada para trás. As 2 horas de sono deram-me apenas a estrita e necessária energia para chegar ao aeroporto. Mala despachada e atraso do vôo, justificação: a tripulação que não tinha tido descanso suficiente. Então eu, o que direi!!! A falta de descanso definitivamente afectou a tripulação pois estavam absolutamente confusas e desconcertadas quando perguntei como seria com os passageiros em trânsito se o vôo atrasasse muito. Sorriram apenas...
Chegada a Madrid com 15 minutos para trocar de avião. Eu levanto-me apressadamente, sou das primeiras a sair, entro no autocarro para perceber que não tenho o telemóvel. Volto a subir as escadas para o avião, atropelo, sou insultada (ainda para mais por um rapaz giro que vinha no avião - Olha vai catar coquinho, penso para mim), vasculho nas cadeiras, no chão e nada. Volto a sair, atropelo, sou insultada de novo - caramba, estou mesmo londrina, o espírito de sobrevivência invade-me e deixo-me de ser mosqueteira e rendo-me ao cada um por si.
Volto a descer as escadas do avião para voltar ao autocarro que está em iminência de partir para a nossa ligação aérea. Volto a procurar e divido-me entre voltar ao avião ou perder o outro. Sobem-me os calores, pensa rápido, pensa Prainha! Quero sair, mas agora os passageiros bloquearam-me a saída. Atropelo de novo, insultada novamente, para explicar ao condutor o meu dilema. Faço o meu ar infantil de menina perdida, olhos de cavalo mal morto, bato as pestanas e ele diz que espera.
Volto a subir as escadas do avião - sensação de dejà-vu e mergulho outra vez nas mantas, nas almofadas e voilà!!! Aí está ele, afinal não estou assim tão louca e valeu a pena. Para mal começo já bastava o atraso do avião. Volto a descer as escadas do avião com um sorriso triunfante, pisco o olho ao condutor e finalmente partimos.
Chegada ao terminal - Madrid, Barajas - uma longa fila de espera, de novo o raio X, os líquidos, os metais e afins, escadas e elevadores que sobem e descem e chamada final para o vôo propriamente dito. Um sprint final... e o avião partiu! Sem mim, pois está claro... Indignada pois é,mal começo não é verdade?
Bem, nova missão: encontrar las jaquetas rojas en el Terminal Dos. Sigue recto y segunda planta y ahí las jaquetas rojas. Ou não fosse eu continuar em Barajas ou arriscaria a sugerir que nos estavam (eu e a mais uns quantos perdedores) a mandar a pé para Buenos Aires tal foi o rol de escadas e elevadores que subimos y bajamos. Mais não sei quantos pedidos de informação aos jaquetas amarillos, aos jaquetas verdes e finalmente chego às jaquetas rojas. Senti-me em missão Where is Wally? Nem um pedido de desculpa (puès aqui estamos en España), um sorriso mal encarado, deparo-me com apenas um voucher de hotel e um bilhete para o vôo da noite... 12 horas depois. No pasa nada, uma viagem que só por si duraria 20 h passará a 32 h. Limito-me a encolher os ombros e sigo para o hotel.
Vejo o rapaz giro do avião no hotel de novo, com um grupo de gente - lá se foi a minha oportunidade de fazer amigos. Resta-me... comer... Almoço, lanche, jantar, tudo a que tenho direito, fome não passo pelo menos. Resolvo ir deitar-me durante umas horas para recuperar algumas da noite anterior... zapping, para quem não tem TV isto é um entretenimento, para apanhar um susto com a Catarina Furtado e logo a seguir mandá-la calar, digo desligar...
1h 30 da manhã e embarquei rumo à América do Sul, primeira vez nesta parte do mundo...
Ainda 20 de Abril... já quase no fim do mundo
Por onde começar: são 7h30 da noite, 11h 30, hora de Greenwich de Domingo, 20 de Abril. A minha viagem começou às 4h 30 da manhã do dia 19 de Abril e desde então ainda não tive uma noite de descanso absoluto.
Londres foi deixada para trás. As 2 horas de sono deram-me apenas a estrita e necessária energia para chegar ao aeroporto. Mala despachada e atraso do vôo, justificação: a tripulação que não tinha tido descanso suficiente. Então eu, o que direi!!! A falta de descanso definitivamente afectou a tripulação pois estavam absolutamente confusas e desconcertadas quando perguntei como seria com os passageiros em trânsito se o vôo atrasasse muito. Sorriram apenas...
Chegada a Madrid com 15 minutos para trocar de avião. Eu levanto-me apressadamente, sou das primeiras a sair, entro no autocarro para perceber que não tenho o telemóvel. Volto a subir as escadas para o avião, atropelo, sou insultada (ainda para mais por um rapaz giro que vinha no avião - Olha vai catar coquinho, penso para mim), vasculho nas cadeiras, no chão e nada. Volto a sair, atropelo, sou insultada de novo - caramba, estou mesmo londrina, o espírito de sobrevivência invade-me e deixo-me de ser mosqueteira e rendo-me ao cada um por si.
Volto a descer as escadas do avião para voltar ao autocarro que está em iminência de partir para a nossa ligação aérea. Volto a procurar e divido-me entre voltar ao avião ou perder o outro. Sobem-me os calores, pensa rápido, pensa Prainha! Quero sair, mas agora os passageiros bloquearam-me a saída. Atropelo de novo, insultada novamente, para explicar ao condutor o meu dilema. Faço o meu ar infantil de menina perdida, olhos de cavalo mal morto, bato as pestanas e ele diz que espera.
Volto a subir as escadas do avião - sensação de dejà-vu e mergulho outra vez nas mantas, nas almofadas e voilà!!! Aí está ele, afinal não estou assim tão louca e valeu a pena. Para mal começo já bastava o atraso do avião. Volto a descer as escadas do avião com um sorriso triunfante, pisco o olho ao condutor e finalmente partimos.
Chegada ao terminal - Madrid, Barajas - uma longa fila de espera, de novo o raio X, os líquidos, os metais e afins, escadas e elevadores que sobem e descem e chamada final para o vôo propriamente dito. Um sprint final... e o avião partiu! Sem mim, pois está claro... Indignada pois é,mal começo não é verdade?
Bem, nova missão: encontrar las jaquetas rojas en el Terminal Dos. Sigue recto y segunda planta y ahí las jaquetas rojas. Ou não fosse eu continuar em Barajas ou arriscaria a sugerir que nos estavam (eu e a mais uns quantos perdedores) a mandar a pé para Buenos Aires tal foi o rol de escadas e elevadores que subimos y bajamos. Mais não sei quantos pedidos de informação aos jaquetas amarillos, aos jaquetas verdes e finalmente chego às jaquetas rojas. Senti-me em missão Where is Wally? Nem um pedido de desculpa (puès aqui estamos en España), um sorriso mal encarado, deparo-me com apenas um voucher de hotel e um bilhete para o vôo da noite... 12 horas depois. No pasa nada, uma viagem que só por si duraria 20 h passará a 32 h. Limito-me a encolher os ombros e sigo para o hotel.
Vejo o rapaz giro do avião no hotel de novo, com um grupo de gente - lá se foi a minha oportunidade de fazer amigos. Resta-me... comer... Almoço, lanche, jantar, tudo a que tenho direito, fome não passo pelo menos. Resolvo ir deitar-me durante umas horas para recuperar algumas da noite anterior... zapping, para quem não tem TV isto é um entretenimento, para apanhar um susto com a Catarina Furtado e logo a seguir mandá-la calar, digo desligar...
1h 30 da manhã e embarquei rumo à América do Sul, primeira vez nesta parte do mundo...
1 Comments:
e nao ha foto do rapaz giro??
ooooo
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