004 - PEK/HAN/SGN VN 071229
Missão mala nr. 02349.
Mais uma mala desfeita para outra se fazer, desta vez a colecção de Verão e Primavera mais o kit todo-o-terreno. Pergunto-me, quando é que inventam um dispositivo que comprima as moléculas de forma a que tudo caiba na tão afamada mala sport billy? Ou então quando é que eu aprendo a levar apenas, mas digo APENAS o essencial, sem restar qualquer dúvida se me irá mesmo apetecer vestir aquele vestido azul que fica tão bem com as chinelas e que por sua vez evidencia o meu bronzeado para as noites quentes... ou quantos dias de expedição todo-o-terreno e poeira vamos afinal ter? Mas confinada a uma mochila não há milagres mesmo nem tempo para hesitações... E claro nesta correria de sair e apanhar táxi rumo ao aeroporto, alguém tinha de se esquecer de algo, e Saigão no seu exemplar chinês conseguiu explicar ao taxista que tínhamos de voltar. Isto seria fácil, não fosse o caso de para se fazer inversão de marcha quase que se andam 20 km e dá-se a volta à cidade...
Chegada atribulada ao aeroporto e correria até aos balcões do check-in... apesar de termos chegado a tempo, já não houve possibilidade de ficarmos juntas e restaram-nos os últimos lugares disponíveis, ou seja uma em cada canto.
Eu não sou do tipo viajante solitária, acho que é muito mais interessante viajar com mais gente pois as perspectivas da mesma realidade multiplicam-se e as histórias também. Tenho a dizer que pelos vistos perdi a viagem de avião mais indescritível dado que adormeci durante as 3 horas de vôo.
M. China ficou sentada à janela, entalada entre um casal de russos, para quem o álcool é um must e que não pararam de pedir vinho, dada a ausência de vodka. Para acrescentar, com as muitas horas de viagem e a proximidade corporal, M. China perdeu o apetite devido aos cheiros diversos.
M. Vietname já cansada dos múltiplos e contínuos empurrões e caneladas da fila que se aglomerava junto à WC cada vez que passavam por ela decidiu ir esticar as pernas. Miss Saigão, na janela, parecia bastante tranquila não fosse Vietname ter reparado que atrás na fila alguém catava piolhos com uma pinça. Escusado será dizer que a sensação de comichão e a paranóia dos piolhos dominou o resto da viagem e nem queríamos acreditar quando chegámos a HANOI.
Confusão para os vistos, 20 minutos sem ver os nossos passaportes e um avião à nossa espera. Mais uma correria até ao avião, desta vez juntas, mas na mesma fila que a mulher dos piolhos.
Finalmente Saigão... Ao som de American Woman de Lenny Kravitz, Saigão irá ficar na memória... Motas e vespas por todo o lado, burburinho urbano, misto de luzes e néons e choque térmico de 30ºC.
Missão hotel nr. 026: ao fim de algum tempo e dada a proximidade da passagem de ano, lá conseguimos arranjar um local limpo mas com surpresas - osgas... Uma noite mal dormida, mas a sensação de que já tínhamos muitas histórias para contar...
1 Comments:
Acho que é melhor parares por aí. Já estou mesmo a ver o que é que para aí vem.
Nunca te ensinaram que é feio fazer inveja? (muito mais do que ter)
Ou então, espero que essa história acabe com as Misses Ásia a coçar vigorosamente o escalpe até o sangue jorrar em direcção às osgas, arruinando assim o resto das férias : p
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